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CRO-CE promove 6º encontro do Ciclo de Atualização das equipes de saúde bucal

Publicado em 26/09/2023

O Conselho Regional de Odontologia do Ceará (CRO-CE) deu sequência ao Ciclo de Atualização das equipes de saúde bucal no último sábado (23/9). O encontro, desenvolvido no formato híbrido, com transmissão ao vivo pela plataforma YouTube e participação presencial, discutiu o “Atendimento Odontológico Inclusivo”.

Além de promover um debate especializado com a categoria, a palestra levou em consideração a necessidade de esclarecer as especificidades do tratamento odontológico a pacientes neurodivergente, principalmente na odontopediatria.

A conselheira Janaína Rocha conduziu a abertura do evento e pontuou o papel social do dentista na abordagem à questão: “O tema de hoje é realmente significativo e queremos que ele tenha uma repercussão […] Que não apenas a Odontologia, mas toda a sociedade seja mais inclusiva”.

Com experiência em odontopediatria desde 2002 e foco em crianças neurodivergentes desde 2015, a palestrante Virgínia Castro buscou sensibilizar o público sobre a importância de compreender os distúrbios de processamento sensorial em pacientes do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Trabalhar com a inclusão é lidar com um tempo de espera que nós não temos nos dias atuais […] A mais potente ferramenta do cuidado é o afeto”.

A cirurgiã-dentista Aline Lima, especialista em atendimento a pacientes com necessidades especiais, comentou sobre a importância do encontro para aprimorar as práticas desenvolvidas em seu local de trabalho no Centro de Especialidade Odontológica (CEO) Baturité. “Foi uma oportunidade de trocar experiências, de ver novos aspectos, novas condutas para aprimorar meu trabalho, principalmente no serviço público, que é onde atuo há mais tempo e tem um fluxo maior de pacientes […] Precisamos nos capacitar cada vez mais”.

O autismo foi caracterizado em 1943, pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner. Em 1987, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) mudou a nomenclatura de “autismo infantil” para “transtorno de espectro autista”. Conforme pesquisa do Center for Disease Control and Prevention (CDC), estima-se que uma a cada 36 pessoas sejam portadoras de TEA. No contexto brasileiro, isso equivaleria a cerca de 6 milhões de pessoas.

“O que precisamos ter em nossos consultórios não são recursos mirabolantes, mas é importante que tenhamos algum atrativo para que essa criança entre e para que possamos iniciar uma interação que não seja diretamente odontológica. Porque se formos diretamente para isso, provavelmente iremos afastar a criança”, enfatizou ainda a palestrante Virgínia Castro.

A palestra completa está disponível no canal do CRO-CE no YouTube.